quarta-feira, 2 de abril de 2008
José de Alencar vai convulsionar na cova
Quem imagina que reuniões de departamento só servem para discutir burocracias como grade curricular, horários e concurso pra professor imaginou pela metade. Temas muito mais polêmicos entram constantemente na pauta de discussão. Na última reunião, por exemplo, foi decidido que vamos todos, de mala, cuia e estúdios novos, pra Casa de José de Alencar, lá na Messejana.
Isso mesmo: depois de 40 anos de luta, o curso de Comunicação Social resolveu se mudar para um lugar mais pacato e menos estridente. Os bixos de 2010.1 provavelmente já conhecerão seu novo retiro, junto à casa onde nasceu o autor de Iracema.
A história toda começou com o Reuni e um reitor muito a fim de reformar. 120 milhões de reais é a verba prometida, que será empregada na construção do Instituto de Cultura, Comunicação e Arte (ICCA) lá onde a musa dos lábios de mel banca a Natália Nara pra se banhar. Se fosse no Pici, seriam 60 milhões. E se fosse pra ficar no Benfica? Ah, no Benfica tá difícil... A Coordenadoria de Marketing e Comunicação, dizem as más (e astutas) línguas, precisa de uma nova casa também, e ela seria nosso velho prédio.
Prometem-se novas linhas de ônibus, pra não ficarmos assim tão isolados. Mas, com o Transfor de vento em popa, elas provavelmente só vão sair quando os jubilandos da tal turma de 2010.1 estiverem pra se formar. Como os estudantes vão fazer pra cursar cadeiras opcionais, ampliar seu repertório de línguas estrangeiras ou simplesmente estagiar nos equipamentos de comunicação da UFC ou na Praça da Imprensa é um mistério.
Achou tudo muito surreal? Você não está só. O Jornal Jabá está de volta pra mais uma aventura: descobrir qual é a do ICCA, seus prós e contras, o porquê de tantas reformas no atual prédio do departamento se há a perspectiva de breve mudança, e os motivos por que outros cursos, como o de Arquitetura, deram pra trás na empreitada. Se você também quer brincar de detetive, apareça hoje, às 17h30, nos bancos da cantina. A Comunicação precisa de você!
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Um comentário:
Acho que os estudantes têm que ser devidamente informados e se posicionar. A princípio, sou frontalmente contrário a essa mudança, que me parece desnecessária e possivelmente perdulária, além de, por motivos óbvios, muito inconveniente. As disciplinas opcionais, a questão das Casas de Cultura, tudo colabora para vislumbrarmos um futuro nebuloso. Se somos os principais interessados, ou prejudicados, temos que nos mover para obstacular, barrar, impedir mesmo essa mudança.
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