Por esses dias li um poema do cearense Adriano Espínola (1952) que me fez refletir sobre a beleza estética de alguns nomes como “Mar” ou “Mara”. Mal terminei de ler o poema, me veio uma vontade louca de dedicá-lo a um antigo e atual amor. Como não se pode ter controle sobre todos os nossos desejos, postá-lo-ei aqui.
MARAMAR
Se tu queres amar,
procura logo o mar.
Ali enlaça o corpo
salgado noutro corpo.
No azul esquecimento
das águas, vai sedento
beber a luz da carne,
o gozo a pino e a tarde.
Tenta imitar a teia
das ondas e marés.
Dança na branca areia.
Outro será quem és.
*
Poema dedicado a Mara Semyra de Paula Magalhães.
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