Direto ao ponto: Jornal Jabá está aqui. Leiam, sim. Vale a pena. Duas reportagens de dois de nossos ilustres colaboradores, Débora e Yuri, ainda inéditos por aqui. Por enquanto. É que a última semana de aula é desumana, mandou avisar o camarada Yuri.
Bom, acho que era isso. Mais uma coisa. Li isto aqui e quis compartilhar. Lá vai:
Assim como um advogado não tem um amor à verdade que se compare ao seu apego aos interesses de seu cliente, um repórter não tem respeito algum pela nuance. O sentido de uma situação não é o que ele explora, na verdade ele freqüentemente evita a atmosfera, já que é difícil capturá-la num texto escrito às pressas. Suas tentativas juvenis de procurar o espírito de um evento foram decapitadas anos atrás na mesa do editor de texto; desde então ele foi adestrado a buscar fatos, ainda que invariavelmente os compreenda mal. É sutilmente incentivado, quando trabalha numa matéria, a depender de tudo, menos da sua escrita. É por isso que poucos repórteres escrevem bem.
É um trecho do prefácio de O super-homem vai ao supermercado, de Norman Mailer. Diga-se de passagem, Mailer é, incidentalmente, muito camarada com os jornalistas nesse parágrafo específico. Vocês precisam ler o resto antes de seguir na profissão. Li e desisti: não quero mais ser jornalista. Vou procurar outra coisa pra ganhar a vida. O quê? Ainda sei jogar futebol. Posso tentar. Afinal, é sempre bom ser essa “metamorfose ambulante”, certo, presidente?!
Bom final de sábado a todos.
Bom, acho que era isso. Mais uma coisa. Li isto aqui e quis compartilhar. Lá vai:
Assim como um advogado não tem um amor à verdade que se compare ao seu apego aos interesses de seu cliente, um repórter não tem respeito algum pela nuance. O sentido de uma situação não é o que ele explora, na verdade ele freqüentemente evita a atmosfera, já que é difícil capturá-la num texto escrito às pressas. Suas tentativas juvenis de procurar o espírito de um evento foram decapitadas anos atrás na mesa do editor de texto; desde então ele foi adestrado a buscar fatos, ainda que invariavelmente os compreenda mal. É sutilmente incentivado, quando trabalha numa matéria, a depender de tudo, menos da sua escrita. É por isso que poucos repórteres escrevem bem.
É um trecho do prefácio de O super-homem vai ao supermercado, de Norman Mailer. Diga-se de passagem, Mailer é, incidentalmente, muito camarada com os jornalistas nesse parágrafo específico. Vocês precisam ler o resto antes de seguir na profissão. Li e desisti: não quero mais ser jornalista. Vou procurar outra coisa pra ganhar a vida. O quê? Ainda sei jogar futebol. Posso tentar. Afinal, é sempre bom ser essa “metamorfose ambulante”, certo, presidente?!
Bom final de sábado a todos.
Um comentário:
Já me contaram de casos de repórteres de jornais daqui que redigiam matérias inteiras só com entrevistas ao telefone e depois mandavam o fotógrafo do jornal ir lá nos sujeitos da notícia tirar a foto... Que tipo de jornalismo é esse?
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