Era um dado incontornavelmente sólido: tivera, tinha e teria pressa. Por tudo e por nada. Unicamente. Presentemente. Diariamente, pressa.
Pressa em ver. Em ser. Sentir. Nos dias normais: correr, atravessar os sinais e dar encontrões, distribuir os mesmos afagos meteóricos. Nos outros, não em si.
Ter nascido sem eles nem nós nos dedos, sem cárie ou cabelos, sem dias e noites assombrados... Sem sonhos que nos pervertam nem invertam qualquer vírgula ou exclamação. Tempo gasto, irrecuperável. Preciso correr sem pernas e mover-me sem dedos.
Soubesse... Antes mesmo de saber e tudo estaria decidido.
Mas não. Tive pressa. Tive, sem volta.
sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008
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