sábado, 19 de janeiro de 2008

Tentativa I

ROTINA

Me disse rapidamente “Eu não posso fazer nada por você, me desculpe” e saiu, entrou num dos muitos becos do Centro, os panos, pontas de vestidos e camisolas esvoaçavam à sua passagem, os ambulantes sacudiam as cabeças, olhavam-se confusos, os becos estreitos percorridos de forma tão sonora haviam tornado a manhã de quarta-feira estranhíssima mas sobretudo agradável, foi o que ouvi da boca de um deles, um que me pareceu igualmente excêntrico e que me disse, quando lhe pedi informações, “Eu não posso fazer nada por você, me desculpe”, a impressão atordoante de que já tinha escutado a mesma frase.

Um comentário:

Débora Medeiros disse...

Muito interessante, Henrique. Minha tentativa e otras cositas más estão a caminho!