Passados 40 anos do Maio de 68, ainda há muito a se desmitificar. Que o movimento político e cultural da década de 60 levou a uma maior abertura da sociedade beneficiando mulheres, imigrantes, etc, isso não me parece restar dúvidas. Todavia, dado o distanciamento histórico, torna-se necessário reconhecer também que algumas idéias marxistas defendidas pelo movimento se mostraram como criminosas. Celebrada mundialmente pelos partidários da revolução socialista, a data também deveria servir de alerta para se denunciar os totalitarismos cometidos pela própria esquerda, em regimes tão piores quanto os da direita.
A liberdade defendida pelos que veneram os acontecimentos de Maio de 68 é sumariamente desprezada quando lembramos que Stálin, Hugo Chávez e Fidel Castro (e outros mais camaradas da esquerda) dominaram ou dominam seus países através de políticas populistas, militaristas e, até, reacionárias. Faz-se urgente a desmistificação da ideologia marxista que manchou de vermelho a liberdade pretendida.
Alguns elementos dessa turma ainda falam em “desvio” do socialismo quando indagados sobre os crimes contra os direitos humanos levados a cabo pelo totalitarismo socialista. É preciso que a esquerda busque dar o que sempre prometeu e nunca cumpriu: a liberdade.
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